O calor em São Paulo chegou nesta segunda-feira a 36,5°C às 16 horas, a maior temperatura do ano. A marca também é a sexta mais elevada desde 1943, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) iniciou as medições na capital paulista, no Mirante de Santana, zona norte. Também foi a quarta maior marca já relatada em janeiro.
Já o termômetro de Dantas, no Ibirapuera marcava 37°C. “Lá no sertão pelo menos tem uma brisa à noite. Aqui, não. O asfalto absorve o calor e fica muito abafado.” Em compensação, teve um dia movimentado nas vendas - com destaque para a água de coco gelada. Ele considerou “estranha” a situação atual. “Isso é o desmatamento da Amazônia, aquecimento global e poluição.”
A máxima anterior havia sido no sábado, com 35,7°C. O recorde histórico de temperatura na capital é de 37,8°C, no dia 17 de outubro do ano passado. De acordo com o coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas da Universidade de São Paulo (USP), Tercio Ambrizzi, as altas temperaturas deste mês fazem parte do mesmo contexto de outubro: um forte sistema de alta pressão da atmosfera, combinado com o fenômeno das ilhas de calor urbanas, o que inibe a entrada de frentes frias. “No ano passado tivemos uma série de dias extremamente secos. Havia um bloqueio que impedia a chegada das frentes frias e ficamos sem nenhum tipo de nebulosidade. Sem nuvens moderando a radiação solar, a temperatura tende a aumentar. Entramos em janeiro com um cenário parecido: as frentes frias não têm subido.
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